segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sacrificium

Pai:

Ninguém entendeu a sequência das estações.

Nem a razão descabida da  estrutura  das árvores, a seiva que sobe, a variedade tola das frutas.

Ninguém compreendeu a cor verde. Seus esgares.

O vento, ainda mais quando raspa as águas,  carece totalmentre de propósito.

O cheiro forte que os homens e mulheres exalam.

Os pés, com dedos.  Não há como termos pétalas duras, de abertura suave? As unhas, opacas, não cessam!

Pai, não inventaste ferramentas!  Deste este mundo seco ao homem.

Isso sem falar dos perigos, da falta de olhos na nuca.  O medo.

A poesia também não veio, por isso estas linhas sem propósito.

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